09/03/2018
Atualizada: 09/03/2018 00:00:00

Foto: Ascom Adufal

Milhares de mulheres do campo e da cidade protagonizaram, nesta quinta-feira (8), uma manifestação pública pelo Dia Internacional da Mulher. A reinvindicação central foi o combate ao feminicídio, o recrudescimento do conservadorismo e todas as formas de opressão direcionadas ao gênero. Na pauta também estava a defesa da democracia e o repúdio à proposta de reforma da Previdência.

Em Maceió, as manifestantes se concentraram na Praça Centenário, organizando a batucada e as intervenções públicas. De lá, saíram em marcha até o Centro da cidade. O movimento se reuniu em frente à Delegacia da Mulher, com falas direcionadas a falta de segurança que existe no Estado. Depois, aconteceu uma vigília na porta do Palácio do Governo, à espera de uma audiência com o governador Renan Filho (PMDB), para tratar do tema.  

A manifestação também foi marcada pelo repúdio à violência praticada contra a professora Cenira Angélica, brutalmente assassinada pelo marido. “Angélica era uma pessoa amável e de bem com a vida. Ela era uma mulher que batalhava. Eu tenho certeza que hoje ela não está aqui, mas o espírito dela está e ela só vai descansar quando a justiça for feita. Senhor Governador, ela pode não ser famosa com seus amigos, mas ela era famosa para os alunos dela e muitas vidas ela mudou. Por isso, clamamos por justiça”, falou emocionada uma colega, ao microfone.

Durante o ato, foi registrada uma agressão contra duas manifestantes, por parte da Polícia Militar (PM) de Alagoas, entre elas Sandra Lira, associada à Adufal. Elas registraram queixa contra o Tenente Cardoso e outros policiais que agrediram, com empurrões. “Policiais militares intolerantes decidiram, sem algum diálogo, abrir a pista em frente à Praça dos Martírios em cima do ato. Decidimos conversar com eles e fomos agredidas, empurradas em cima do trânsito com gritos e ‘puxavancos’! Fizemos o boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher”, afirmou a produtora cultural, Keka Rabelo.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) repudia veementemente essa agressão e assina a nota coletiva dos movimentos sociais, demarcando posição contra a truculência e abuso de autoridade da segurança pública. 

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Fonte: Ascom Adufal

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