07/04/2020
Atualizada: 07/04/2020 13:24:46


LAVAR AS MÃOS com água e sabão é a medida mais barata, mais simples e, conforme unânime conselho dos especialistas, diminui o risco de contágio com a COVID-19. Neste momento de pandemia, mais que nunca, é necessário garantir água em qualidade e quantidade. Os serviços de água do Brasil e de outros países asseveram que, sendo essencial, não haverá descontinuidade. Já há anúncios, aliás, de subsídios e mesmo isenção de pagamento nas contas de água para certas categorias de usuário. Mas nesta comunicação vou restringir minha análise à tríplice interseção da educação com o tema água e proteção à saúde.

Em algumas semanas, ou meses, ocorrerá o retorno às aulas nas escolas do ensino fundamental, médio e nas universidades. Os banheiros destes ambientes estarão todos funcionando adequadamente com água, sabão líquido e papel toalha? Eu sei, vocês sabem e vocês sabem que eu sei que a pergunta parece banal. Mas não é. O contato das mãos com fechaduras, carteiras escolares, cadeiras, corrimãos, botões de elevador e barras dos ônibus levarão muitos, ou todos, a desejarem lavar as mãos com uma nova frequência. A qualidade do serviço de higiene dispensado nos banheiros será muito importante para a retomada segura das aulas.

Este desafio, que parece simples, agiganta-se nas áreas periféricas e rurais. Muitas escolas enfrentam regularmente escassez de água. Desta forma, uma força coordenada deve existir para garantir este serviço essencial aos estudantes brasileiros. Tenho visto os indivíduos, o setor público, o setor privado e as organizações da sociedade civil atuarem de várias formas solidárias e inovadoras para ajudar o Brasil a vencer a COVID-19. Eu vi, com especial atenção, doação de álcool 70% e produtos de limpeza aos hospitais e postos de saúde. Na retomada às aulas, esta corrente de solidariedade será novamente exigida.

Há outros debates que aguardam sua hora: voltaremos às aulas com professores, técnicos e alunos usando máscaras? E quanto aos professores, técnicos e alunos classificados como pertencentes aos grupos de risco, o que faremos? Reduziremos a concentração de alunos por sala, porque em muitas aulas os alunos ficam muito próximos uns dos outros? No caso do ensino superior, para ajustar o calendário escolar, vamos usar os 40% da carga horária na modalidade EaD para os cursos presenciais, conforme permitido pelo Ministério da Educação por meio da Portaria 2.117, de 11 de dezembro de 2019?

Enfim, algumas respostas, garantias e estratégias serão necessárias para que ocorra o retorno às aulas de forma segura e planejada.

Fonte: Prof. Dr. Valmir de Albuquerque Pedrosa - CTEC/Ufal

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