12/04/2021
Atualizada: 12/04/2021 15:41:09

Reprodução TV OOPS

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Jailton Lira, concedeu uma entrevista ao telejornal OOPS Notícias, da TV OOPS (Canal 10), na manhã desta segunda-feira (12), sobre a reforma administrativa (PEC 32/2020) e suas consequências para o funcionalismo público e para a população brasileira.

Clique aqui para conferir a entrevista na íntegra a partir dos 30min.

Durante a entrevista, o presidente da Adufal explicou que a PEC 32/2020 foi apresentada com o pretexto de melhorar o serviço público, mas que, na verdade, as mudanças propostas pela reforma trazem consequências perigosas para toda a sociedade.

“A proposta vai acabar não só afetando os servidores públicos nos seus direitos e prerrogativas, mas sobretudo a população que mais utiliza os serviços públicos”, esclareceu o professor da Ufal.

Após um breve histórico do momento social, econômico e político que o Brasil vive atualmente, o presidente da entidade apresentou as principais mudanças da Proposta de Emenda à Constituição 32 para os concursos públicos e para a efetivação dos futuros servidores.

Jailton Lira expressou, também, a grande preocupação dos servidores públicos e das entidades alagoanas que representam os funcionários públicos quanto aos riscos da retirada da estabilidade funcional. “Nós temos observado o que acontece no Ibama e em outros órgãos de controle social e, se não fosse pela estabilidade funcional, o servidor não poderia exercer a sua função com a independência que o seu cargo exige”, explicou o presidente da Adufal.

O professor citou, ainda, como a PEC 32 reforça uma elitização dentro do serviço público ao não atingir parlamentares, juízes, desembargadores, ministros de tribunais superiores, promotores, procuradores e militares. “A nossa indagação é: se a reforma é tão positiva para a sociedade, por que é que muitas carreiras de estado estão de fora da proposta?”, questionou o presidente da Adufal, Jailton Lira.

“Na nossa avaliação, o único objetivo da reforma é exatamente privilegiar o mercado, o setor privado e operar mais um avanço do desmonte do estado, como vem sendo feito nos últimos anos”, continuou o presidente.

Próxima ação

Por fim, o presidente da Adufal compartilhou também a próxima ação das entidades nesta campanha de luta contra a reforma administrativa, que será a reunião marcada para a próxima sexta-feira (16), às 9h, com as entidades, assessores dos deputados federais e dos senadores alagoanos.

Na ocasião, os/as representantes sindicais devem apresentar um material organizado contendo todos os pontos e as preocupações acerca da PEC 32/2020.

“Nós achamos que a câmara dos deputados deveria fazer um debate democrático sobre esse tema, então a nossa ideia é, nesse encontro, apresentar elementos para demonstrar aos parlamentares não só os prejuízos que a reforma traz para o estado brasileiro, mas sobretudo para a população alagoana que mais precisa dos serviços públicos”, finalizou Jailton Lira.

A entrevista faz parte das ações que estão sendo promovidas pelo grupo de entidades sindicais alagoanas: Adufal, Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), Sindicato do Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal) e Central Única dos Trabalhadores de Alagoas (CUT-AL); em campanha conjunta contra a reforma administrativa (PEC 32/2020), em defesa dos direitos sociais, dos serviços públicos e contra as privatizações.

Fonte: Vanessa Ataide/Ascom Adufal *sob supervisão

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