31/03/2022
Atualizada: 31/03/2022 16:54:12


Durante reunião realizada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), na manhã desta quinta-feira (31), a base docente definiu os próximos passos da Campanha de Recomposição Salarial. Inicialmente, a reunião foi convocada como assembleia geral, mas por não haver quórum para deliberações, os/as professores/as deram prosseguimento às discussões das pautas em caráter de plenária.

As pautas da assembleia foram: informes; balanço da Campanha de Recomposição Salarial.

No primeiro ponto de pauta, a vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira, lembrou da presença da delegação de Alagoas, formada pela diretoria e base docente da entidade, no 40º Congresso do Andes-SN, que teve início no último dia 27 de março e encerra nesta sexta-feira, 1 de abril.

A docente ressaltou que a Campanha de Recomposição Salarial também está sendo discutida no evento e fez um breve balanço sobre o posicionamento dos docentes ao redor do país em relação à adesão da categoria à Greve Nacional dos Servidores Públicos Federais.

“A avaliação inicial é de que o movimento, dentro da nossa área, ainda não oferece condições de puxar uma paralisação. Portanto, todo o debate está na linha de retomar o processo de mobilização”, disse a vice-presidenta da Adufal.

Logo em seguida, o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, recordou a ação de visita ao campus A.C. Simões e aos campi fora de sede da Ufal, realizada pela diretoria da entidade nos dias 23, 24 e 25 de março, com o objetivo de dialogar sobre a campanha de recomposição salarial e avaliar as condições de trabalho no retorno presencial.

“Vai ser gerado um relatório sobre as visitas e esse relatório será apresentado à Reitoria. Nós encontramos vários problemas antigos e problemas novos também que têm a ver com a falta de adaptação ao início das aulas presenciais”, contou o docente.

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Ainda neste momento da reunião, a professora Luciana Caetano (Feac) apresentou aos/as docentes presentes a sua avaliação sobre as perdas salariais da categoria nos últimos anos.

“Se nós tomarmos como referência maio de 2015, que é quando foi feita a última pactuação, a gente tem uma defasagem até dezembro de 2021 acima de 44%. E esses 19,99% [valor que está sendo reivindicado para recomposição salarial] foi apenas uma média que foi feita e que seria possível diante da atual conjuntura. Ou seja, o que a gente está demandando hoje está muito abaixo da defasagem salarial”, explicou a docente.

Após as falas iniciais, o presidente da entidade, Jailton Lira, deu início às inscrições de fala para que os/as docentes pudessem compartilhar suas ideias acerca do primeiro ponto de pauta.

A professora Celi Taffarel (Arapiraca) foi a primeira inscrita e reforçou a necessidade de levar o que estava sendo discutido em assembleia para todos os campi e unidades da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), destacando a luta pela recomposição salarial e a gravidade dos problemas de estrutura na instituição, identificados pela diretoria da Adufal.

“A situação é gravíssima. Tanto a situação salarial, quanto a situação das nossas condições objetivas de trabalho, como a diretoria da Adufal está levantando. E nós não podemos resolver tudo sozinhos, precisamos fazer isso com todos os servidores públicos, para que possamos recompor, minimamente, o nosso poder de compra”, declarou a docente.

O professor Lucas Lima (Delmiro Gouveia) também se inscreveu para o momento de fala, salientando a importância de combinar uma agenda local de ações em defesa da recomposição salarial com a agenda nacional dos servidores públicos para fortalecer ainda mais a campanha. O docente citou a Comissão de Mobilização, formada durante a assembleia realizada no dia 21 de março, como peça fundamental para a construção das ações locais.

“Eu penso que a Comissão de Mobilização tem essa prerrogativa de pensar essa agenda local de mobilização para quem sabe, em um futuro próximo, a gente possa ter condições de deflagrar a greve”, explanou o docente.

Segundo ponto de pauta

Durante as falas do segundo ponto de pauta, os/as docentes evidenciaram a importância do diálogo sobre a luta da categoria com o segmento estudantil e da realização de uma campanha de mídia, a ser desenvolvida pela entidade, destacando as atribuições e produções docentes durante a pandemia.

O professor Anderson David Gomes (Santana do Ipanema) expôs a necessidade de lembrar a todos e todas que os anos sem o reajuste dos servidores públicos federais também representam uma série de prejuízos para a sociedade.

“É um ataque à educação pública de qualidade, é um ataque a nós, docentes, às pesquisadoras e pesquisadores. Destacar tudo isso é importante, inclusive, para que estudantes que entraram agora no presencial possam também entender qual é a nossa luta”, explicou o docente.

A professora Lídia Ramires (ICHCA) defendeu a unificação dos movimentos presentes da universidade para fortalecer não somente a recomposição salarial dos servidores públicos federais, mas principalmente a recomposição do orçamento da instituição.

“Eu acredito que nessa campanha, que é uma campanha nacional, a gente precisa trazer o mais próximo da falta de condições que nós temos hoje. Acredito que temos que ter ações mais unificadas com técnicos-administrativos e estudantes”, pontuou a docente.

Encaminhamentos

A partir das falas dos/as docentes, algumas ações para fortalecer a Campanha de Recomposição Salarial foram encaminhadas. Uma delas foi a ampliação da quantidade de integrantes docentes à Comissão de Mobilização, criada na assembleia realizada no dia 21 de março.

Se voluntariaram para fazer parte do grupo os/as docentes: Luciana Caetano (Feac), Sabrina Neves (ICF), Socorro Dantas (IEFE), Eveline Lucena (Esenfar), Lucas Lima (Delmiro Gouveia), Ivanderson Pereira (Arapiraca), Leônidas Marques (Delmiro Gouveia), Celi Taffarel (Arapiraca) e Janayna Souza (Cedu).

A Comissão irá construir as ações que devem ser realizadas pela entidade em defesa da recomposição salarial, pela revogação da Emenda Constitucional 95 e a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição 32, conhecida como reforma administrativa.

Além dos novos nomes para a Comissão de Mobilização, ficou definida também a data para a próxima reunião do grupo, que deve ocorrer na próxima quarta-feira, 6 de abril, às 16h, de forma online.

Por fim, os docentes encaminharam ainda a realização de uma nova assembleia geral online, a ser realizada no dia 13 de abril, das 9h às 12h, para uma nova avaliação do contexto atual.

 

Fonte: Vanessa Ataide/Ascom Adufal

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