13/04/2022
Atualizada: 13/04/2022 16:21:49


A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) realizou, na manhã desta quarta-feira (13), uma plenária docente para discutir sobre a Semana de Luta ‘Em defesa da educação pública, por condições de trabalho e reposição salarial’, entre outras pautas.

A princípio, a reunião foi convocada no formato de assembleia geral online, entretanto, como não houve quórum regimental para deliberações, os participantes permaneceram na sala online para falar sobre as pautas e propor encaminhamentos. A vice-presidenta da Adufal, Sandra Lira, coordenou a plenária, junto com a Secretária-geral da entidade, Irailde Correia.

Logo no início, o professor Flávio Dantas fez uma fala para relatar sobre a participação da delegação da Adufal no 40º Congresso do Andes-SN, que ocorreu entre os dias 27 de março e 1 de abril, em Porto Alegre.

“A minha primeira impressão é que o congresso do Andes não se concentrou notadamente no centro do debate, que é a luta pela reposição salarial de 19,99%, a PEC 32 e as condições de trabalho que hoje nós estamos envolvidos. A impressão que eu tenho é que nós dedicamos um tempo excessivo à discussão de outros temas. E essa questão do salário e da carreira, não se dedicou o tempo devido”, explicou Dantas.

O docente também mencionou que, no Congresso do Andes, sentiu falta de um espaço para discussão sobre a centralização das atividades de concessão e de manutenção das aposentadorias e pensões no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), algo que vai afetar diretamente os servidores das Universidades e Institutos Federais. 

“Foi uma discussão que passou em branco. E isso implica sindicalmente pois afeta na própria representação do associado ou da associada quando essa transferência for realizada”, disse Flávio Dantas.

Em seguida, a professora Celi Taffarel, que também compôs a delegação da Adufal no Congresso do Andes, falou sobre as dificuldades no retorno à aulas presenciais, reforçando a dureza de enfrentar uma universidade que não tem orçamento.

“Todos nós estamos constatando as dificuldades de retomar as aulas presenciais. Esse é um ponto importantíssimo da nossa luta. Porque diz respeito sim às nossas condições objetivas e quero destacar, por fim, que nós temos um plano emergencial de luta que prevê atividades nos dias 25, 26 e 27 de abril e a paralisação do dia 28. Se nós não mobilizarmos as nossas bases, se nós não assumirmos a responsabilidade de defender esse patrimônio público, nós teremos dificuldades que não só dizem respeito ao interior da universidade, mas diz respeito à classe trabalhadora do nosso país”, afirmou Celi Taffarel.

A Secretária-geral da Adufal, professora Irailde Correia, pediu um momento de fala para informar sobre a participação da Adufal na Conferência Estadual Popular de Educação (CONEPE), que é uma construção preparatória para a Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE), a ser realizada entre os dias 10 e 12 de junho, em Natal, Rio Grande do Norte.

“Esse é um movimento integrado por um conjunto de entidades, sindicatos e movimentos. Aqui em Alagoas esse fórum congrega o conjunto do movimento de professores, educadores, estudantes e tem representação institucional. Então é um conjunto bem diverso”, relatou a professora Irailde Correia, que também frisou que será divulgada em breve a delegação escolhida para representar a Adufal na conferência nacional.

No debate sobre a campanha de recomposição salarial dos Servidores Públicos Federais, a Comissão de Mobilização, estabelecida na assembleia do dia 21 de março, apresentou algumas propostas como a de realizar visitas nas Unidades Acadêmicas (UAs) para dialogar sobre a importância de participação na luta, realizar reuniões com a categoria estudantil, organizar atividades nos Campi e UAs por comissões de mobilizações locais, além de outras atividades específicas para a Semana de Luta de 25 a 29 de abril. 

Também foram apresentadas outras proposições durante a reunião, entre elas a de realizar uma campanha de defesa da profissão docente, da Universidade Pública e em combate às fake news; pautar nacionalmente o tema da precarização do trabalho docente e o adoecimento por falta de condições de trabalho; e participação no 1º de maio unificado.

 

Fonte: Ascom Adufal

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