22/12/2015
Atualizada: 22/12/2015 00:00:00


Os trabalhadores terceirizados das universidades federais Rural do Rio de Janeiro (URRJ) e Fluminense (UFF) interromperam as atividades de trabalho nos últimos dias em decorrência do atraso no pagamento de salários. Após compromissos de que os pagamentos seriam regularizados, as paralisações foram suspensas.

Rural

Na UFRRJ, os trabalhadores entraram em greve no dia 10 de dezembro, reivindicando o pagamento de salários e gratificações atrasados, além do cumprimento de outros direitos que vinham sendo desrespeitados. 
Sob ameaça de corte de ponto e demissões, os trabalhadores fecharam o prédio principal da universidade nesta segunda (21), com o apoio de professores, estudantes e servidores, para pressionar contra os cortes de ponto dos grevistas. Eles reabriram o prédio após compromisso de representante da reitoria, via documento assinado, com a garantia de não retaliação aos grevistas. No mesmo dia (21), em assembleia, os trabalhadores decidiram suspender a greve, com o aviso de que a paralisação será retomada caso pagamentos não sejam realizados, ou haja qualquer forma de retaliação.

Os docentes da UFRRJ manifestaram apoio aos trabalhadores e exigiram em carta aberta o respeito ao direito de greve dos trabalhadores e o compromisso de não criminalização do movimento por parte da administração da universidade e das empresas terceirizadas. Confira a carta dos docentes e nota da diretoria da Associação dos Docentes da UFRRJ (Adur-RJ SSind).

UFF

Na Universidade Federal Fluminense, vigias e vigilantes decidiram retornar aos postos de trabalho também na segunda-feira (21), após o reitor Sidney Mello e o pró-reitor de Administração, Néliton Ventura, comunicarem pessoalmente aos trabalhadores que a universidade transferira os valores referentes à mensalidade do contrato para as empresas que terceirizam a mão de obra da segurança. O gerente de pelo menos uma das empresas também esteve nos campi da UFF e assegurou que o pagamento sairá nesta terça-feira ou no máximo na quarta-feira (23).

A decisão dos vigias e vigilantes de suspender a paralisação decorre da constatação de que a mobilização forçou a UFF e as empresas a darem uma resposta e a indicar uma data para o pagamento. Os terceirizados também esperam receber, junto com o salário de novembro, a segunda parcela do décimo-terceiro salário, que já deveria ter sido paga na segunda (21). Também foi prometido o pagamento das horas-extras a quem elas são devidas.

Os trabalhadores terceirizados da UFF haviam suspendido as atividades na sexta-feira (18), após darem um prazo para que as empresas regularizassem os pagamentos. O atraso repete drama já vivenciado em dezembro de 2014, quando também houve demora no repasse dos salários e do décimo-terceiro.

* Com informanções e fotos da Adur-RJ SSind. e Aduff SSind 

Fonte: Andes - SN

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