21/03/2024
Atualizada: 21/03/2024 15:08:23
A categoria docente da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se reuniu, na manhã desta quinta-feira (21), no auditório da Reitoria, Campus A. C. Simões, para discutir a conjuntura política nacional e a possiblidade de greve como parte da Campanha Salarial 2024.
A princípio, a reunião foi convocada em caráter de assembleia geral pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), mas não houve quórum para deliberações, então os/as docentes seguiram a reunião como plenária para discutir as pautas de interesse da categoria.
Na ocasião, o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, fez um breve histórico das reuniões que já ocorreram da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) (disponível em anexo), bem como apresentou um panorama das seções sindicais do Andes – Sindicato Nacional que já realizaram assembleias para deliberar sobre adesão, ou não à greve.
A rodada de assembleias de base entre os dias 11 e 21 de março, foi orientada pelo Andes-SN com o propósito de discutir a construção da greve nas Instituições Federais de Ensino (Ifes) e do setor da Educação, no primeiro semestre de 2024. Uma reunião do Setor das Ifes será realizada em 22 de março, para avaliar os resultados das assembleias que ocorreram.
Durante a reunião, professores e professoras se pronunciaram sobre as reivindicações da categoria, principalmente em relação à recomposição das perdas salariais acumuladas. Uma preocupação demonstrada pelo professor Jailton Lira foi sobre a necessidade de haver uma mobilização permanente.
“Devemos fazer um esforço de mobilização para que a categoria participe, inclusive das assembleias, porque se não, a gente deflagra uma greve ou paralisação superficial, porque fica só na assembleia, fica uma ‘greve de férias’, e acho que ninguém quer isso aqui”, relatou Lira.
A diretora de Política Sindical, Sandra Lira, reforçou a importância de mostrar as reivindicações dos Servidores Públicos Federais (SPFs) para toda a sociedade, inclusive comunidade acadêmica.
“Uma grande problematização que nós temos que fazer é de como nós vamos colocar a parcela progressista da sociedade favorável a nós. Na Universidade nós temos mil possibilidades de promover esse diálogo com a sociedade e não fazemos isso. Então nós temos que construir uma mobilização, sim, mas trazendo apoio da sociedade para a nossa reivindicação”, afirmou a professora.
Ainda na reunião, vários professores e professoras apresentaram algumas propostas, como a realização de uma nova assembleia no início no período letivo 2024.1, dentre outras que serão avaliadas pela diretoria do sindicato quanto a sua viabilidade, uma vez que não houve quórum para deliberações nesta assembleia, considerando o que estabelece o regimento da entidade.