22/03/2024
Atualizada: 25/03/2024 08:41:53
A vice-presidenta e a tesoureira da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Irailde Correia e Rosangela Reis, respectivamente, estiverem presentes na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), realizada na sede do Andes – Sindicato Nacional, em Brasília, nesta sexta-feira (22).
O encontro ocorreu para discutir sobre as deliberações e indicativos vindos das assembleias de base sobre a construção da greve da categoria e constituição dos comitês locais de mobilização.
Durante a reunião, a vice-presidenta da Adufal falou sobre as discussões apresentadas na plenária realizada pela Adufal na quinta-feira (21), inicialmente convocada como assembleia geral, mas que, por não haver quórum, acabou assumindo o caráter apenas de discussão; bem como sobre as reuniões setoriais realizadas pela entidade nos últimos meses para dialogar com a base, especialmente sobre a Campanha Salarial 2024.
“Antes da assembleia, estivemos fazendo rodadas de conversa nos campi da Ufal e conversando com os professores. Nessas reuniões recebemos como avaliação da maioria dos companheiros que, embora achassem a greve justa, eles não consideravam como recomendável fazer uma greve agora”, compartilhou Irailde Correia.
A diretora também destacou que uma das principais preocupações apresentadas pelos/as docentes da sede do Campus Sertão (Delmiro Gouveia) sobre a deflagração de greve neste momento refere-se aos alunos e alunas do interior do estado.
“Os nossos companheiros do Campus Sertão colocam a seguinte preocupação, que a partir da pandemia, ou esse período após a pandemia, tem sido muito difícil colocar os estudantes na sala de aula novamente. Há um esvaziamento muito grande de estudantes. E, neste momento, eles [os/as docentes] estão empenhados em fazer com que os alunos retornem", apresentou.
A vice-presidenta da Adufal informou também que a entidade está encaminhando a realização de uma nova assembleia geral a ocorrer na primeira semana do início do semestre letivo 2024.1, em abril, que, inclusive, foi uma das propostas apresentadas pelos docentes na plenária desta quinta-feira (22).
Ainda durante a reunião das Ifes, as diretoras da Adufal mencionaram que foi enviado um ofício para o Andes-SN, nesta sexta-feira (22), em que a entidade solicita ao Sindicato Nacional o detalhamento de questões específicas a respeito das negociações em curso com o governo federal.
No documento, a Adufal questiona se existem subsídios que indiquem as fontes de receita disponíveis que fundamentaram a manutenção da proposta inicial da bancada sindical, uma vez que essa questão não está evidenciada nas publicações do Sindicato Nacional.
Confira o ofício em anexo desta matéria.
Outra indagação feita pela entidade, no ofício, foi referente à proposta de Carreira enviada ao governo federal pelo Andes, pois não foram apresentadas às seções sindicais para conhecimento do conjunto da categoria docente.
Duas propostas foram colocadas para votação durante a reunião ocorrida em Brasília, nesta sexta (22), com representantes das seções sindicais do Andes. A primeira, propõe uma nova rodada de assembleias entre 26 de março a 9 de abril, e uma nova reunião do setor das Ifes para o dia 10 de abril, com indicativo para deflagração de greve em 15 de abril.
Já a segunda proposta previa uma rodada de assembleias até 24 de abril, com reunião do setor em 26 de abril e o indicativo para deflagração de greve entre o final de abril e início de maio. Com 19 votos, venceu a proposta 1, enquanto a segunda posposta teve 6 votos e abstenções somaram 6 votos.
As pautas das assembleias de base devem ser: deflagração de greve no dia 15 de abril e criação dos comitês locais de mobilização, conforme deliberação do Andes-SN.
Para o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, a proposta definida na reunião do setor das Ifes desrespeita a autonomia das assembleias, uma vez que impõe uma data específica quando várias universidades estão em recesso.
“O correto seria reservar o mês de abril para uma nova rodada de assembleias. Além disso, fazer as devidas discussões no Congresso Nacional com a bancada educacional, se organizar com os demais sindicatos do setor público. No final das contas, a diretoria do Andes não tem interesse na negociação. Além do próprio governo não apresentar uma proposta viável, a diretoria do Andes está investindo todas as suas energias em uma greve antes da conclusão das negociações”, argumenta o presidente da Adufal.
A diretoria da Adufal irá se reunir na próxima semana, entre 25 e 29 de março, para avaliar o quadro nacional e local quanto às discussões e deliberações ocorridas na reunião do setor.