Adufal responde as principais dúvidas sobre o cenário de greve

Considerando a importância de dialogar sobre o atual cenário e a possibilidade da greve da educação, e principalmente para elucidar os questionamentos que surgem nesse processo, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) reuniu as principais dúvidas sobre o assunto e responde cada uma das questões abaixo. Confira:

Os docentes da Ufal vão entrar em greve?

A Adufal não pode afirmar que os docentes da Ufal vão entrar em greve ou não, afinal isso é definido somente após votação da categoria em assembleia da entidade.

Uma assembleia geral foi convocada pela Adufal dentro do prazo indicado pelo Andes-SN (em 21 de março). No entanto, não houve quórum para deliberações na ocasião. Portanto, o tema não foi votado.

Quando haverá definição sobre uma possível greve na Ufal?

A Adufal deve convocar uma nova assembleia entre os dias 22 a 26 de abril para discutir a possibilidade de greve, caso haja quórum para deliberações, de acordo com o regimento da entidade.

A data da nova assembleia leva em consideração o período de férias da Ufal, que ocorre de 6 a 21 de abril, entendendo que haverá uma maior possibilidade de participação dos/as docentes durante a primeira semana do calendário acadêmico.

Qual a diferença entre Estado de Greve e Indicativo de Greve?

O Estado de Greve é uma situação que é aprovada pelos trabalhadores, alertando aos governantes que a qualquer momento poderão deflagrar uma greve.

O Indicativo de Greve é deflagrado pelos trabalhadores para estabelecer uma data mínima para se dar início à greve. Contudo, esta decisão não é definitiva, podendo ser alterada conforme a conjuntura que se apresenta para o momento.

Fonte: jusbrasil.com.br

O que acontece se os docentes da Ufal aprovarem greve?

A depender da deliberação em assembleia (se for estado de greve ou indicativo de greve), a categoria docente define as próximas mobilizações a serem realizadas com grande adesão da base. Também deve ser discutida a formação do Comando Local de Greve, que colabora na mobilização da categoria.

O que acontece se os docentes da Ufal rejeitarem a greve?

Neste caso, os/as docentes da Ufal permanecem com as atividades normais de trabalho, mas podem definir uma agenda de mobilizações, paralisação, reuniões e outras ações que reforcem a importância das reivindicações dos Servidores Públicos Federais (SPFs) em relação à Campanha Salarial 2024.

É importante frisar que a greve só ocorre para aquelas categorias, de cada Universidade, que aprovaram o indicativo em assembleia legítima, portanto, as que rejeitaram o cenário de greve seguem a deliberação de sua categoria, com total autonomia.

Quais são as reivindicações da categoria?

As principais pautas dos Servidores Públicos Federais na Campanha Salarial 2024 são:

• Reajuste salarial para repor as perdas salariais acumuladas em 6 anos (desde o governo Temer até o governo Lula);

• Equiparação dos benefícios (auxílios alimentação, saúde e creche) entre os demais poderes (Legislativo e Judiciário) e;

• “Revogaço” de todas as medidas que atacam o funcionalismo público, ocorridas durante o governo Bolsonaro.

Por fim, a Adufal reitera a importância da mobilização e união da categoria docente para que o governo faça uma proposta justa para todos os servidores e servidoras.