03/06/2024
Atualizada: 03/06/2024 18:13:01
Nesta segunda-feira, 3 de junho, um ato público organizado pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) e Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), reuniu milhares de pessoas no Centro de Maceió para expor os diversos projetos, pesquisas e atividades científicas que são produzidas no ambiente acadêmico, seja na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) ou no Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta da Educação Federal realizado por docentes, Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) e estudantes de todo o país, que reivindicam a recomposição do orçamento nas universidades e institutos federais, um reajuste salarial digno inclusive em 2024, entre outras pautas importantes do movimento grevista.
Na Ufal, os docentes estão em greve há 36 dias, desde 29 de abril, e os técnicos há 76 dias, desde 20 de março. Já os servidores do Ifal estão com as atividades paralisadas por direitos desde 3 de abril, totalizando 62 dias nesta segunda-feira (3).
“Quero parabenizar todos os colegas professores e técnicos-administrativos, da Ufal e do Ifal, que estão até agora conseguindo manter, de forma muito brava e corajosa, essa greve que já é uma greve histórica, em defesa de valorização profissional, em defesa de mais recursos para as universidades e institutos, e em defesa de condições de trabalho dignas para todos os trabalhadores e trabalhadoras dos institutos e universidades”, disse o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, durante o ato.
A manifestação contou com a exposição de diversos banners de projetos de pesquisa e extensão, além de cartazes com frases que reforçam a defesa da educação pública e das reivindicações dos trabalhadores.
“Hoje estou aqui, junto dos estudantes e dos institutos federais de mais de 10 campi que estão aqui presentes nesse ato, para gente mostrar para o governo federal que a gente está em conjunto. (...) Essa greve não é só de vocês, é nossa também, porque a gente sabe que é importante que os estudantes estejam organizados e estejam em luta. Porque sem luta a gente não conquista nada”, afirmou o estudante do Ifal e representante de movimentos estudantis, Gabriel Henrique.
Além do presidente da Adufal, estiveram presentes no ato público as/os diretoras/es Irailde Correia, Sandra Lira, Rosangela Reis, Terezinha Ataide, Lenilda Austrilino, Ailton Galvão e Socorro Dantas. Integrantes do Conselho Local de Greve (CLG) da Adufal e da base docente também marcaram presença na manifestação.
A Adufal realiza, nos dias 5, 6 e 7 de junho, uma nova rodada de assembleias setoriais que ocorrem nos campi Sertão (Delmiro Gouveia), Arapiraca e A. C. Simões (Maceió), para discutir o movimento grevista diante da reunião do governo federal com os sindicatos nacionais, realizada nesta segunda-feira (3), em Brasília.
Segundo informações do Correio Braziliense, durante reunião desta segunda-feira (3), o governo ressaltou que seguirá adiante com as discussões apenas com uma nova proposta e não definiu data para uma nova reunião com os professores.
As pautas das reuniões são: informes gerais; informes do Comando Nacional de Greve (CNG); análise do movimento de greve e do processo de negociação; e encaminhamentos.
Clique aqui para conferir a convocação na íntegra.
As principais reivindicações dos servidores públicos federais (SPFs) na Campanha Salarial 2024 são: recomposição salarial das perdas inflacionárias acumuladas dos últimos seis anos – não aceitando o reajuste de 0% em 2024 -; equiparação de benefícios (auxílios alimentação, saúde e creche) entre os demais poderes (Legislativo e Judiciário); “revogaço” de todas as medidas que atacam o funcionalismo público, ocorridas durante o governo Bolsonaro; entre outras.