18/06/2024
Atualizada: 18/06/2024 17:01:17

Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal com edição de Jão Design/Ascom Adufal

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) participou, na manhã desta terça-feira (18), em Maceió, do ato público contra o Projeto de Lei (PL) 1.904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive nos casos em que o procedimento é permitido por lei, como gravidez resultante de abuso sexual.

A manifestação contou com a participação de centrais e entidades sindicais, de movimentos sociais, representantes políticos da sociedade alagoana, estudantes e professores/as da rede pública e federal de ensino.

Ato público foi realizado em frente à Câmara de Vereadores de Maceió. Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

Além de reivindicar a retirada do PL 1.904 da votação na Câmara dos Deputados, o ato público ocorreu em frente à Câmara Municipal de Vereadores de Maceió justamente no dia em que haveria uma tentativa de votar uma homenagem à senadora Damares Alves, que é a favor do projeto de lei e possui um histórico de ataques aos direitos das mulheres. A proposta de homenagem foi retirada de pauta após a manifestação.

Durante todo o ato público, mulheres e homens carregaram faixas, cartazes e bandeiras com frases de ordem e reivindicações, como "Criança não é mãe, estuprador não é pai", "Não ao PL 1.904", "Abaixo ao PL do estupro e pedofilia", "É pela vida das mulheres", "O PL 1904 protege estupradores e pedófilos", "Nem presas, nem mortas".

Imagem mostra alguns dos cartazes que manifestantes seguravam durante o ato. Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

Para a diretora de política sindical da Adufal, Sandra Lira, o PL 1904/24 é uma proposta cruel e atrasada.

“Esse PL coloca a pena de aborto maior do que a pena do estuprador. Então, a menina, a criança, que foi violentada e que vai descobrir essa gravidez tardiamente, também vai ser afetada. Nós temos que barrar esse projeto e exigir o aborto legal e seguro na rede pública para que essas crianças não tenham que sofrer a tortura de levarem em seus corpos uma gravidez de risco e que representa o símbolo da violência sofrida”, ressaltou a docente.

Representaram a Adufal na manifestação a diretora de política sindical, Sandra Lira; a diretora de Política Educacional e Científica, Abdizia Barros; e a diretora de Divulgação e Imprensa, Socorro Dantas.

Na ponta esquerda da imagem a diretora Socorro Dantas; na ponta direita, à frente, diretoras Abdizia Barros e Sandra Lira. Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

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Fonte: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

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