26/06/2024
Atualizada: 26/06/2024 11:01:49
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) vem a público manifestar seu mais veemente repúdio aos ataques e ofensas, inclusive racistas, que professores e professoras da Ufal têm sofrido, especialmente nas redes sociais, em decorrência da greve.
Este cenário tem sido parte da realidade da categoria desde o início da greve docente na Ufal, que começou em 29 de abril deste ano. Em publicações da Adufal nas redes sociais, por exemplo, é possível conferir diversos comentários ofensivos direcionados a todos os/as professores e professoras.
A partir deste contexto, é importante destacar que o movimento grevista é um direito legítimo de todo trabalhador, assegurado pela Constituição Federal, e representa uma ferramenta democrática de reivindicação por melhores condições de trabalho e valorização.
Para a Adufal, é inaceitável que atitudes preconceituosas, discriminatórias e que ferem os princípios fundamentais de respeito e igualdade sejam normalizadas. Racismo é crime imprescritível e inafiançável, com pena de até cinco anos de reclusão, e sua prática demonstra uma profunda ignorância e desrespeito aos valores humanos.
Além do racismo, usar a internet, celular e outros meios de comunicação para ofender ou prejudicar o outro também é crime. A prática é conhecida como cyberbullying e pode acarretar processos tanto no campo cível, com dano moral, quanto na área criminal, como injúria, calúnia e difamação, consideradas crimes contra a honra.
Neste momento, a Adufal reitera o seu compromisso com a promoção da igualdade racial, o combate ao racismo, e todo tipo de ataque e ofensa que venham a ferir a dignidade humana, colocando à disposição dos/as docentes a assessoria jurídica da entidade para fins de orientação e acompanhamento desses casos.
Diretoria da Adufal
Maceió, 26 de junho de 2024