04/07/2024
Atualizada: 05/07/2024 09:25:02
A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) participou de uma reunião, na tarde desta quarta-feira (3), junto com a gestão da Ufal, diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) e diretores de Unidades Acadêmicas (UAs) para dialogar sobre o encerramento da greve e a construção de um novo calendário acadêmico.
Na ocasião, os participantes fizeram uma análise de conjuntura e avaliaram as conquistas alcançadas com o movimento grevista, tanto dos docentes, quanto dos técnicos da Ufal.
“Saímos dessa greve com muitos aprendizados, conquistas e experiências, mas é fundamental reafirmar que a luta por melhores condições de trabalho vai continuar. A partir de toda experiência que tivemos, nós vamos construindo as próximas mobilizações na universidade e vamos retomar o trabalho, que é isso que a sociedade espera de todo mundo aqui”, disse o presidente da Adufal, Jailton Lira, durante a reunião.
Para o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, a greve dos servidores públicos alcançou importantes ganhos e, com isso, a instituição está numa situação diferente do momento anterior à greve.
“A gente ainda tem muito o que avançar, mas certamente se a gente não tivesse o movimento grevista provavelmente a gente estaria na penúria que estava no mês de abril, tanto do ponto de vista das pessoas, quanto do ponto de vista de orçamento e de infraestrutura. Então, acho que é um momento muito especial de retomada e é importante a gente falar isso”, avaliou o reitor da Ufal.
A coordenadora-geral do Sintufal, Nadja Lopes, argumentou que os técnicos saem da greve fortalecidos e vitoriosos, pois mesmo que a greve não tenha alcançado o que a categoria precisava, ainda houve conquistas importantes.
“Nós, técnicos, temos uma defasagem de 43% até 2026, e a gente saiu da greve com 14%. Então, a gente percebe que é 29% a menos do que o esperado, mas a gente teve outros ganhos. (...) Além disso, temos esse acordo do governo, dizendo que a mesa vai continuar aberta para a gente continuar o diálogo em busca de outros ganhos que não sejam financeiros. Então é mais uma vitória”, relatou a servidora.
Após a análise de conjuntura e da greve, o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, apresentou uma proposta sobre o novo calendário acadêmico de 2024.1, uma vez que o calendário previsto no início do ano foi suspenso em 27 de abril, em razão da greve das categorias.
Na apresentação, o pró-reitor explicou que, antes mesmo desta reunião, também consultou diversos grupos da comunidade acadêmica, inclusive estudantes e docentes, para construção e discussão do calendário acadêmico.
A proposta prevê o início do semestre letivo 2024.1 para o dia 8 de julho, enquanto as aulas devem iniciar a partir do dia 15 de julho. É importante frisar que a proposição ainda será avaliada pelos membros do Conselho Universitário (Consuni), em reunião a ser realizada nesta sexta-feira, 5 de julho.
Na oportunidade, os/as diretores/as da Adufal fizeram observações e sugeriram algumas alterações, sempre objetivando a melhor adaptação para os/as estudantes e docentes, respeitando os devidos períodos de férias, aulas e demais atividades acadêmicas, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Da diretoria da Adufal, estiveram presentes Jailton Lira, Irailde Correia, Carlos Müller, Sandra Lira, Terezinha Ataide, Ailton Galvão, Socorro Dantas, Marta Moura, Luciano Barbosa e Lenilda Austrilino.