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31/10/2025
Atualizada: 31/10/2025 17:45:33


Mais de 20 mil servidoras e servidores públicos de todo o país saíram às ruas no dia 29 de outubro, em Brasília (DF), para dizer não à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38/2025, conhecida como “reforma administrativa”. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) marcou presença na mobilização, que teve concentração no Museu Nacional da República e seguiu até as proximidades do Congresso Nacional.

O presidente da Adufal, Jailton Lira, e integrantes da base docente da Associação participaram da Marcha Nacional Unificada dos Serviços Públicos contra a Reforma Administrativa, que foi construída pelo ANDES-SN em articulação com demais entidades que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).

Da esquerda para a direita, os/as docentes Emanuelle Rodrigues (Ufal), Aroldo Félix (UFRB) e Jailton Lira (Ufal).

Nessa quinta-feira (30), veículos da imprensa noticiaram que a Proposta perdeu força no Congresso Nacional, uma vez que diversos parlamentares retiraram o apoio ao texto da PEC nos últimos dias. Essa mudança surge, inclusive, após a grande mobilização dos servidores públicos em Brasília, reforçando que somente com luta e resistência é possível garantir direitos e impedir retrocessos.

Mesmo com a sinalização de “encalhamento” da PEC 38/2025, o presidente da Adufal, Jailton Lira, avalia que é necessário manter a mobilização firme e ampliar o diálogo com toda a sociedade, uma vez que as mudanças propostas pela reforma administrativa prejudicam toda a população brasileira e precarizam ainda mais o serviço público.

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“Foi com a força e mobilização da classe trabalhadora e a união dos sindicatos que a gente conseguiu enterrar a PEC 32/2020 e, mesmo assim, não desistiram de propor uma reforma administrativa que ameaça conquistas históricas do funcionalismo público e coloca em risco a prestação de serviços essenciais à população. Por isso, não podemos nos arrefecer da luta, devemos continuar firmes e vigilantes quanto aos nossos direitos”, reforça o docente.

Foto: Imprensa ANDES-SN

Reforma Administrativa

Sob a fachada de modernização dos serviços públicos, transparência e fim de privilégios, a nova proposta de reforma administrativa, PEC 38/2025, representa uma série de ataques ainda piores que os contidos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que foi engavetada após intensa mobilização das categorias do funcionalismo público.

A PEC 38/2025 aprofunda o desmonte do serviço público ao prever corte de verbas, demissões por desempenho, ampliar vínculos temporários e terceirizações, fragilizando o Regime Jurídico Único (RJU).

A proposta ainda subordina as políticas públicas a interesses privados, amplia as desigualdades entre servidores e servidoras, restringe a negociação coletiva, achata salários e aposentadorias e avança na privatização do Estado.

 

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Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal com informações do ANDES-SN

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