20/02/2018
Atualizada: 20/02/2018 00:00:00

Foto: Ascom Adufal

Dia 19 de fevereiro foi marcado como o ‘Dia nacional de lutas em defesa da Previdência’. A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) orientou a categoria a paralisar suas atividades e participar da mobilização em defesa dos diretos sociais. Com a intensa mobilização da classe trabalhadora, o governo não tem a quantidade necessária de votos para a provação da reforma da previdência e por isso suspendeu a sua tramitação.

As atividades começaram logo pela manhã, com panfletagem no terminal de ônibus do Benedito Bentes. No interior do Estado houve fechamento de rodovias, organizado pelos movimentos do campo.

Ainda na parte da manhã, houve panfletagem na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus AC Simões. A diretoria da Adufal intensificou o chamamento para a paralisação e mobilizou a comunidade acadêmica para se envolver na luta pelos direitos. Os diretores estavam acompanhados por um carro de som, anunciando os desmontes da proposta de Temer. 

"Passamos nas unidades acadêmicas dialogando com professores, técnicos e estudantes especialmente sobre as ameaças que a reforma da Previdência traz, tanto para quem ainda está na ativa quanto para os estudantes, que ainda nem estão no mercado de trabalho. Também fizemos uma panfletagem na reitoria, dialogando com gestores e diretores de unidade que estavam no local. Foi uma atividade importante que aproximou a entidade da base e deu visibilidade ao nosso trabalho", informou Ana Vergne, vice presidenta da Adufal.

Já no começo da tarde, os lutadores populares fizeram uma intervenção pública no aeroporto Zumbi dos Palmares, pressionando os deputados a votarem contra a PEC 287/16, da contrarreforma da Previdência. Cerca de 200 manifestantes fizeram agitação e cobraram o posicionamento dos parlamentares sobre a matéria. Os deputados Paulão (PT), Ronaldo Lessa (PDT) e Givaldo Carimbão (PHS) usaram o microfone e declaram apoio a manifestação. “Lutar pela Previdência Social é extremamente necessário”, destacou Paulão.

Já o Senador Benedito de Lira (PP) xingou os manifestantes com palavras de baixo calão. Ele foi acompanhado do saguão até o portão de embarque chamado de golpista pelas pessoas que estavam no local. O senador votou a favor do golpe contra a presidenta Dilma Rousseffe e a favor da reforma trabalhista.

O senador Renan Calheiros (PMDB) e o deputado Cícero Almeida (Pode) também passaram pelo aeroporto. Renan não quis conversar com os militantes e Almeida afirmou que vai votar contra a PEC.

Logo em seguida aconteceu um ato público no calçadão do Comércio de Maceió. Os manifestantes utilizaram faixas, bandeiras, palavras de ordem e panfletos para dialogar com a população alagoana sobre a proposta do governo Temer de acabar de acabar com a Previdência Social.

“Está muito claro o que está em jogo: de um lado a população trabalhadora vítima de um governo corrupto e do outro lado esse mesmo governo articulado com congresso nacional e a banda pobre do judiciário, fazendo prevalecer um conjunto de ações que visam, sobretudo, prejudicar a classe trabalhadora e favorecer os interesses especulativos e internacionais. É contra esse conjunto de coisas que estamos aqui nos organizando. Por isso é fundamental não baixar a guarda, manter a unidade e estabelecer uma ponte com os meios de comunicação alternativos”, enfatizou Jailton Lira, presidente da Adufal.

O presidente da Adufal ainda usou o espaço de uma rádio comercial alagoana para dialogar com os ouvintes sobre a necessidade de lutar para barrar a contrarreforma do governo Temer. “Se essa reforma for aprovada, é um muito improvável que alguém continue trabalhando 49 anos, porque o desemprego é muito alto, existe uma alta taxa de rotatividade, as leis trabalhistas foram flexibilizadas, entre outras coisas. Então, temos muita luta pela frente e estamos cumprindo o nosso papel”, disse. 

Suspensão da tramitação

Diante da votação do decreto da intervenção militar na segurança pública no Rio de Janeiro, o presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), determinou ontem (19), a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC) enquanto vigorar a intervenção, prevista até dezembro. A suspensão atinge mais de 190 propostas em andamento, entre elas a reforma da Previdência.

Para as Centrais Sindicais, o recuo do governo é uma vitória da classe trabalhadora.

 

Fonte: Ascom Adufal

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