02/05/2019
Atualizada: 03/05/2019 14:05:43


O Ministério da Educação afirmou, na noite desta terça-feira (30), que o bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais vai valer para todas as universidades e todos os institutos. O anúncio foi feito depois das reações críticas ao corte de verba de três universidades que tinham sido palco de manifestações públicas: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) repudia este novo ataque do governo Bolsonaro e reitera que continuará lutando não apenas em defesa da categoria docente, mas também da universidade pública, gratuita e de qualidade. 

A informação do bloqueio de verbas foi dada à TV Globo por Arnaldo Barbosa de Lima Junior, secretário de Educação Superior do MEC. Segundo ele, trata-se de um "bloqueio" que foi feito "de forma preventiva" e "só sobre o segundo semestre".

Apesar de ter dito que o bloqueio foi feito "de forma isonômica" para todas as universidades e institutos, Arnaldo Lima afirmou que está "estudando alguns parâmetros" para definir quais delas seriam "premiadas" com uma "redução menor do que as outras" ao longo do ano, "mas com ênfase no segundo semestre".

A Ufal divulgou nota informando que o bloqueio orçamentário na instituição foi de R$ 39.576.608,00 dos recursos de custeio e capital. Disse que foram efetivados bloqueios nas ações orçamentárias de funcionamento da Universidade, capacitação de servidores, recursos consignados ao Hospital veterinário da UFAL e funcionamento da Escola Técnica de Artes. Informou também que foram bloqueadas as emendas parlamentares consignadas à UFAL pela bancada alagoana. Apenas as ações de assistência estudantil não foram afetadas pelo corte.

“Antes do anúncio deste corte, a UFAL já trabalhava com orçamento aquém das necessidades que uma Universidade que consolida sua expansão, que faz pesquisa de ponta e que se expande para além de sus muros através das atividades de extensão. Neste novo cenário, a situação exige que medidas sejam adotadas para garantir o mínimo funcionamento da Universidade”, diz um trecho da nota emitida pela Ufal.

“O governo federal claramente está asfixiando financeiramente as universidades e os institutos federais, sem levar em conta as função social destas instituições. Precisamos nos organizar e resistir a mais esse ataque à educação pública “, afirmou Jailton Lira, presidente da Adufal.

Fonte: Ascom/Adufal com informações de G1

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