13/08/2019
Atualizada: 13/08/2019 15:06:26


A população de Maceió mostrou indignação e desaprovação ao governo Bolsonaro durante o ato público realizado nesta terça-feira, 13 de agosto, dia da Greve Nacional da Educação. O público se manifestou contra a reforma da previdência, contra o Projeto “Future-se” que pretende mercantilizar as universidades públicas, em defesa da educação, da aposentadoria e dos direitos da classe trabalhadora.

A diretoria e a base docente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) participaram do ato público, que teve concentração às 8h no CEPA, e saiu em caminhada até o centro da cidade.

"É fundamental que nós possamos organizar a classe trabalhadora para fazer frente às políticas autoritárias do Governo Federal que não dialogam com a sociedade e tem como meta principal acabar com a educação pública", Jailton Lira, presidente da Adufal.

“É fundamental que nós possamos organizar a classe trabalhadora para fazer frente às políticas autoritárias do Governo Federal que não dialogam com a sociedade e tem como meta principal acabar com a educação pública (...) Hoje é mais um dia de luta, de mobilização, é mais um dia de enfrentamento, mas sobretudo, é mais um dia em que precisamos colocar  em pauta debates essenciais para garantir que a educação pública, continue pública”, discursou o presidente da Adufal, professor Jailton Lira, durante o ato público.

As bandeiras de diversas entidades sindicais e movimentos sociais também estiveram presentes, fortalecendo a luta contra o governo atual, que traz tantos retrocessos para a população mais pobre do Brasil.

“Aqui no estado de Alagoas nós devemos ficar bem atentas e atentos com relação aos traidores que votaram na retirada dos nossos direitos, do benefício à nossa aposentadoria. Nós da educação somos atacados avassaladoramente. Os cortes na educação são de grande monte desde a educação básica à educação superior. Não podemos silenciar, não podemos cruzar os braços, hoje é dia de marchar, é dia de ocupar as ruas”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).

A presidenta do Sinteal se referiu, em sua fala, aos seis deputados federais de Alagoas que votaram pela aprovação da reforma da previdência nos dois turnos da votação na Câmara dos Deputados. São eles: Arthur Lira (PP), Isnaldo Bulhões Jr. (MDB), Marx Beltrão (PSD), Nivaldo Albuquerque (PTB), Sérgio Toledo (PL) e Severino Pessoa (PRB). Somente os deputados JHC (PSB), Paulão (PT) e Tereza Nelma (PSDB) votaram em defesa da classe trabalhadora.

Sobre o “Future-se”, o professor Jailton Lira relatou que o Projeto “significa o desmonte da educação pública porque pressupõe que instituições públicas só devem funcionar a partir do financiamento externo daquelas áreas de conhecimento que interessam ao capital financeiro nacional e internacional”.

“O ‘Future-se’ também estabelece a criação de uma instituição não-governamental para gerenciar não só os recursos da universidade pública, como seus equipamentos, inclusive com a possibilidade de cedência de trabalhadores. É por esta razão que nós não podemos assistir a tudo isso de forma passiva, sendo fundamental que os trabalhadores da educação se organizem para defender a educação pública e fazer o enfretamento contra esse governo ultradireitista e neoliberal”, destacou o presidente da Adufal.

Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

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