04/10/2019
Atualizada: 04/10/2019 09:43:33

Foto: Aleck Lima

A diretoria e a base da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) participaram da manifestação em defesa da educação e da soberania nacional que ocorreu na tarde desta quinta-feira, 3 de outubro, em Maceió.

“Em mais um dia de luta, estamos aqui em defesa da educação pública de todo o país. Em Alagoas, este é o segundo dia de um grande ato unificado dos segmentos sociais, sindicatos e categorias organizadas. Precisamos dar um basta nos projetos neoliberais do governo Bolsonaro, precisamos continuar lutando”, disse o professor e presidente da Adufal, Jailton Lira, durante o ato público.

Presidente da Adufal, Jailton Lira. Foto: Aleck Lima

O protesto teve concentração na Praça Centenário e saiu em caminhada até o centro da cidade. Bandeiras de diversas entidades sindicais e movimentos sociais estiveram presentes na luta com diversas reivindicações, mas, sobretudo, contra as ações do governo federal.

Diretoria da Adufal. Foto: Aleck Lima

Na manhã do dia 3 de outubro também foi realizada uma ação de conscientização no Hospital Universitário, com um café da manhã, panfletagem e diálogo sobre as principais pautas do ato público. O café da manhã também ocorreu no dia anterior na Praça da Paz, na Ufal, ambos os dias com organização da Adufal, Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) e Diretório Central dos Estudantes (DCE – Quilombo dos Palmares).

Vice-presisenta da Adufal, Ana Maria Vergne durante ação no HU. Foto: Leonardo André

Retrocessos na educação pública

São constantes os ataques do Governo Bolsonaro à educação pública do país, aos docentes, aos trabalhadores, à população mais pobre. É possível averiguar tais ataques em diversas ações do governo, como o bloqueio de verbas nas universidades e institutos federais, a exemplo da Ufal, que corria o risco de parar de funcionar em setembro, até que o governo resolveu liberar uma parte do valor bloqueado, que ainda não é suficiente para o pleno funcionamento da Universidade. 

As inúmeras declarações do ministro da educação Abraham Weintraub desrespeitando e desvalorizando a categoria docente, tal como a fala dele durante o 21º Fórum Nacional de Educação Superior Particular, em que diz que precisa “atacar a zebra mais gorda”, se referindo ao salário de professor universitário federal. Ele deu esta declaração ao defender que cobrar mensalidade dos alunos das universidades públicas não resolveria o problema do ensino superior no Brasil. “Cobrar mensalidade de quem pode pagar não vai resolver nada. Eu tenho que ir atrás de onde está a zebra mais gorda, que é o professor de uma federal, com dedicação exclusiva, que dá oito horas de aulas por semana e ganha de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês”. Confira aqui a nota de repúdio do Andes-SN a essa fala do ministro. 

O projeto “Future-se”, que pretende mercantilizar a educação pública, também é algo a ser combatido, assim como os cortes no orçamento da Capes, fazendo com que haja a destruição de diversas bolsas de pesquisa no Brasil, pesquisas estas que são de extrema importância e que prestam serviços à comunidade. 

É necessário que haja luta e resistência em defesa da educação, da ciência, da classe trabalhadora e dos direitos da população como um todo. Não serão aceitos retrocessos, a luta será contínua.

Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

Foto: Leonardo André
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Foto: Leonardo André
Foto: Leonardo André
Foto: Leonardo André
Foto: Leonardo André

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