11/11/2019
Atualizada: 11/11/2019 11:51:18


A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) homenageou, neste domingo (10), o grande professor, historiador, escritor entre tantas outras coisas, Luiz Sávio de Almeida. O evento fez parte da programação da IX Bienal Internacional do Livro de Alagoas e contou com a presença de várias pessoas que foram prestigiar a vida de Luiz Sávio.

Sempre com muita humildade, o homenageado disse que é uma grande satisfação receber a consagração da Adufal e que se considera muito pequeno. “Eu acho que hoje é para mim um dia de extrema responsabilidade. Eu aceito essa homenagem como uma espécie de generosidade dos meus companheiros, não sei se mereço, honestamente, mas se eles estão fazendo isso então é porque alguma coisa eles viram em mim, e eu respeito o olhar deles”, confessou Sávio.

Graduado em Ciências Júridicas e Sociais pela Ufal, em 1965, mestre em Educação e doutor em História, Luiz Sávio também é autor de diversos livros importantes para a história de Alagoas e alguns deles foram relançados durante o evento, que ocorreu no Arquivo Público de Alagoas.

"Ele é um historiador que não está preocupado com o passado, a preocupação principal do Sávio, é sobretudo a partir do presente" - Lúcio Verçosa

“Sávio é uma pessoa que colabora com a cultura, com a educação pública, com a historiografia do estado. Ele é uma pessoa que colabora com todos os cursos de graduação numa relação transversal com a sua obra e, aliás, é um personagem que tem trânsito em tudo o que é espaço público, seja na academia ou nos segmentos sociais, então acho que ele merece essa homenagem nossa”, afirmou o presidente da Adufal, Jailton Lira.

A homenagem iniciou com uma apresentação musical da cantora Mel Nascimento, cantando sambas-raiz para abrilhantar o evento, e em seguida a mesa foi composta por Amaro Leite, Maria Alba Correia e Lúcio Verçosa, que preparam um apanhado da vida de Luiz Sávio, tendo os três vivenciado experiências únicas ao lado dele. O presidente da Adufal Jailton Lira, e o professor Luiz Sávio também compuseram a mesa.

“Foi nas suas aulas de sociologia e do grupo de pesquisa que tive meu primeiro contato com a história vista de baixo e a vida do povo alagoano. Foi assim que eu conheci o seu método, o método Saviano. Tem algumas influências marxistas, sobretudo da história vista de baixo, da antropologia interpretativa, da hermenêutica, mas seu método é simples: é preciso ter olhos para ver, e ouvidos para ouvir, é preciso buscar justiça, ler a história escrita no chão, ou seja, aquela feita no cotidiano, pelo senso comum”, relatou emocionado o professor Amaro Leite.

"O professor Sávio é um patrimônio da Ufal, é um patrimônio das Ciências Sociais em Alagoas" - Sandra Lira

Luiz Sávio colecionou diversos admiradores e admiradoras de seu trabalho ao longo da vida, uma delas é a professora Sandra Lira, que considera o homenageado “um clássico das Ciências Sociais aqui no nosso estado”.

“O professor Sávio é um patrimônio da Ufal, é um patrimônio das Ciências Sociais em Alagoas. Seus estudos são muito relevantes, principalmente porque a gente tem que lembrar que Alagoas tem uma tradição, Alagoas tem Arthur Ramos, tem o Théo Brandão, então nosso estado tem nomes expressivos na área das Ciências Sociais, da Antropologia, e o professor Sávio dá continuidade a esse ciclo dos grandes nomes”, frisou a associada da Adufal, Sandra Lira.

Durante as homenagens, Lúcio Verçosa afirmou que “Sávio é um pensador que, diferentemente de muitos, sabe muito sobre muita coisa e tem sede de saber sempre mais”.

“Até tese sobre o ‘jogo do bicho’ em Alagoas o Sávio tem. Ele é um historiador que não está preocupado com o passado, a preocupação principal do Sávio, é sobretudo a partir do presente”, disse Lúcio Verçosa.

Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

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