25/03/2022
Atualizada: 25/03/2022 19:15:14
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) encaminhará um ofício à Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) solicitando uma audiência para discutir os problemas estruturais encontrados após ação de visita da entidade às unidades acadêmicas da instituição.
A diretoria da Adufal realizou visitas aos campi da Universidade, nos dias 23, 24 e 25 de março, com o objetivo de dialogar sobre a Campanha dos Servidores Públicos Federais pela recomposição salarial de 19,99% e para verificar as condições de trabalho no retorno presencial.
Percurso das visitas
No dia 23 de março, Dia Nacional de Paralisação em Defesa da Recomposição Salarial de 19,99%, a comissão de visitas da Adufal, formada pelo presidente e a vice-presidenta da Adufal, Jailton Lira e Sandra Lira; a tesoureira da entidade, Rosangela Reis; o diretor de Divulgação e Imprensa, Francisco Pereira; além do docente da base, professor Flávio Dantas (Cedu), visitou as unidades acadêmicas do campus A.C. Simões.
Na quinta-feira, 24 de março, a diretoria da entidade deu início às visitas aos campi fora de sede da Ufal. O grupo 1, formado pelo professor Jailton Lira; professora Rosangela Reis; e pela diretora de Política Cultural, professora Marta Moura, visitou Arapiraca e Delmiro Gouveia.
Nesta sexta-feira, 25 de março, a mesma comissão esteve em Santana do Ipanema e Palmeira dos Índios.
Enquanto isso, o grupo 2, formado pela vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira; o diretor de Política Sindicar, Ailton Galvão; e a vice-tesoureira da entidade, Tânia Voronkoff, visitou o Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) - localizado no município de Rio Largo, no dia 24 de março - e o Espaço Cultural da Ufal – instalado em Maceió, nesta sexta (25).
As unidades de Penedo e Viçosa ainda serão visitadas pela diretoria da Adufal.
Condições de trabalho no retorno presencial
Durante os três dias, as comissões formadas pelos diretores da Adufal constataram inúmeros problemas estruturais nos prédios de ensino e administrativos da Universidade, além da ausência dos cuidados sanitários básicos para o combate à Covid-19.
O grupo de visitas destaca o excesso de vegetação em vários pontos do campus A.C. Simões, em Maceió; as salas lotadas no campus Arapiraca e, de forma comum nos demais campi, salas de aula sem janela, impedindo a ventilação necessária para esses ambientes fechados.
A ausência de ar-condicionado nos espaços, de álcool gel e de tapetes sanitizantes; ausência de sinalização para o distanciamento social; acesso precário à internet; bebedouros inadequados, além de paredes e tetos com infiltração foram outras situações encontradas pela comissão nas unidades acadêmicas dos campi da Ufal.
No entanto, entre todos os locais visitados pela diretoria da Adufal, a unidade de Palmeira dos Índios e o Espaço Cultural da Ufal são os que se encontram em situação mais grave, onde todos os problemas citados anteriormente foram detectados nesses locais.
Unidade Palmeira dos Índios
No local, a comissão da Adufal identificou salas sem ventilação; aparelhos de ar-condicionado sem funcionar; bebedouros inadequados para uso; rachaduras em diversas partes do prédio e a necessidade urgente da limpeza em vários pontos do campus onde a vegetação cresceu e ainda não foi removida.
Espaço Cultural
O prédio do Espaço Cultural, que ainda comporta o curso de Música, segue em obras em diversos pontos, mas, em contrapartida, permanece com uma série de problemas que inviabilizam a permanência de docentes, técnicos/as e estudantes.
De acordo com a vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira, a situação é grave e preocupante. “O que encontramos foi uma situação de improvisação. Verificamos o esforço e empenho dos colegas docentes e técnicos para fazer com que as atividades retornem, inclusive colocando recursos pessoais para resolver situações dentro do prédio”, contou.
“Tirar dinheiro do próprio bolso é uma situação completamente injusta, pois isso mostra que eles [docentes e técnicos] estão fazendo o máximo para que haja o mínimo de condições para que as aulas aconteçam. As visitas nos deixam preocupados e colocam essa necessidade da luta pela recomposição do orçamento da Universidade”, completou Sandra Lira.
Apesar da precariedade encontrada em muitos prédios da Universidade ser uma consequência da falta de recursos, a Adufal entende a importância de tornar a situação pública para pressionar os parlamentares alagoanos pela recomposição dos recursos e reivindicar o funcionamento pleno da instituição.
“A luta pela recomposição do orçamento da Educação, das universidades públicas, é de todos e todas, do professor, do técnico e do estudante. Por isso, seguiremos ouvindo a comunidade acadêmica e seus desafios nesse retorno para que possamos contornar todos esses prejuízos”, disse a vice-presidenta da Adufal, Sandra Lira.
A Adufal enviará um relatório descrevendo os problemas estruturais detectados durante às visitas tanto à Reitoria da Ufal como aos órgãos de fiscalização de cada localidade dos campi da Universidade.
Pesquisa sobre as condições no retorno
Docentes, técnicos/as e estudantes podem compartilhar suas avaliações sobre as condições estruturais da Universidade no retorno presencial.
Clique aqui e preencha o formulário de acordo com a sua ocupação dentro da instituição. Registros fotográficos podem ser enviados com descrição para o e-mail: imprensa@adufal.org.br.