14/08/2023
Atualizada: 14/08/2023 10:17:35

À direita, a vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira.

Representantes da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) marcaram presença na última sexta-feira (11) no Centro de Formação Zumbi dos Palmares, em Atalaia, local onde se desenvolvem aulas do Curso de Bacharelado em Agroecologia da Ufal e que foi alvo de diligência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem buscado investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A Comissão realizou diligência em três assentamentos de camponeses que, atualmente, têm sua luta ameaçada na tentativa de criminalização pela CPI. Deputados federais que têm ameaçado a luta pela terra e o MST em suas declarações públicas estiveram na ocasião.

Os parlamentares fizeram perguntas sobre o funcionamento administrativo e financeiro do curso e a equipe da Ufal prestou todos os esclarecimentos solicitados, destacando a relevância social do curso, as ações de pesquisa e extensão, as conquistas de prêmios de excelência acadêmica por estudantes, o baixo índice de evasão, e o seu impacto social positivo.

Em nota, o MST Alagoas afirmou que a diligência indica a desqualificação na condução da CPI que tenta criminalizar o movimento.

"O percurso da diligência demonstrou a desqualificação dos deputados na condução da Comissão, a começar pelo descumprimento da rota estabelecida e aprovada em requerimento na Câmara Federal, quando a comitiva Federal, seguida de policiais armados, surpreendeu o Acampamento São José, intimidando as famílias acampadas em um espaço símbolo da luta pela terra em Atalaia e Alagoas por mais de 20 anos", informou o MST-AL.

Para o movimento, a diligência em Alagoas é mais uma face que apresenta "os reais motivos da instalação da CPI: criminalizar o Movimento Sem Terra, sem aprofundar os debates e questões principais que atravessam a realidade do campo alagoano e brasileiro".

Ainda em nota, o MST-AL agradeceu a solidariedade recebida pelas entidades sindicais, movimentos sociais e órgãos de defesa dos direitos humanos que foram ao local na sexta-feira (11) apoiar o movimento e reafirmou sua posição de seguir na luta pela reforma agrária popular, combatendo toda e qualquer tentativa de criminalização.

Na ocasião, a Adufal foi representada pela vice-presidenta, professora Sandra Lira; o diretor de Política Sindical, Ailton Galvão; além das integrantes da base docente, as professoras Ana Vergne e Abdízia Barros, que também fazem parte do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) da Ufal.

Fonte: Ascom Adufal

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