Base docente da Adufal dialoga sobre a Campanha Salarial 2024 Reunião online ocorreu na manhã desta quarta-feira (16), através da plataforma Zoom

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) se reuniu com a base, na manhã desta quarta-feira (16), para dialogar sobre a Campanha Salarial 2024.

A princípio, a reunião online foi convocada como assembleia geral, entretanto, não foi alcançado o quórum necessário para deliberações, conforme estabelecido no Artigo 16 do Regimento da Adufal.

Com isso, os/as participantes permaneceram na sala online para ouvir os informes, discutir e analisar o cenário atual e deliberar atividades relacionadas às reivindicações da categoria de servidores federais da Educação na Campanha Salarial 2024.

A reunião foi conduzida pela vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira, que iniciou fazendo uma análise sobre as últimos debates promovidos pelo Andes-Sindicato Nacional e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) acerca do tema e apresentando um resumo sobre como se deu a última rodada de negociação salarial com o governo federal, realizada no dia 10 de agosto.

A docente lembrou, ainda, da live realizada pela Adufal também no dia 10 de agosto com o tema “Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais” e que contou com a participação do professor Alberto Handfas, doutor em Economia e diretor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo (ADUNIFESP).

A live está disponível no canal da Adufal no Youtube (Adufal TV) e pode ser assistida a qualquer momento. Clique aqui para conferir.

Em seguida, a vice-presidenta da Adufal abriu inscrições para dar início à discussão do tema entre os/as docentes presentes na reunião.

O professor Jarbas Ribeiro, do Campus Arapiraca, chamou a atenção para a importância da luta pelo arquivamento da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), uma reivindicação que, para o docente, é sinônimo da garantia de direitos dos servidores públicos e que compromete diretamente a luta pelo reajuste salarial da categoria.

“É preciso nos organizarmos localmente e nacionalmente junto com os outros setores do serviço público, e também da sociedade, para barrar a Reforma Administrativa. Precisamos fazer a discussão na sociedade sobre o que queremos nos serviços públicos e pressionar o governo federal para impedir que a PEC 32 siga adiante”, disse o professor.

Outra pauta levantada durante a reunião foi a necessidade da discussão da reestruturação da carreira docente.

“Precisamos inserir um dispositivo para adequar e transformar nossa carreira em uma carreira típica de estado. E como carreira típica de estado, buscar equiparação com outras. Atualmente, nossa carreira recebe no final uma remuneração inferior a outras que só exigem graduação no início”, lembrou o professor Pedro Accioly, do Centro de Ciências Agrárias (Ceca).

Encaminhamentos

Durante as falas, os/as docentes encaminharam uma série de propostas acerca dos temas discutidos. Confira abaixo:

- Promover articulação com os sindicatos de Servidores Públicos Federais (SPFs) - também com servidores estaduais e servidores municipais - para pressionar contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) com o objetivo de conseguir o arquivamento definitivo da reforma;

- Articulação do movimento sindical de Alagoas para dialogar com os parlamentares federais pela revogação imediata do Teto de Gastos (Emenda Constitucional 95/2016) e também pelo arquivamento da PEC 32/2020;

- Taxação dos ricos na Reforma Tributária;

- Ações de defesa da democracia: respeito à vontade do povo nas eleições presidenciais de 2022;

- Reposição imediata e emergencial das perdas ocorridas no período do governo de Jair Bolsonaro;

- Mobilização interna na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e articulação com os SPFs em Alagoas sobre a pauta salarial.

Reestruturação da carreira docente:
- Inserir um dispositivo para adequar e transformar a carreira docente em uma carreira típica de estado;

- Como carreira típica de estado, buscar equiparação com outras, visto que atualmente a carreira docente recebe no final (titular) uma remuneração inferior a outras que só exigem graduação no início.