22/05/2024
Atualizada: 23/05/2024 09:51:24
Os/as docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram, na manhã desta quarta-feira (22), rejeitar a proposta do governo federal, apresentada à categoria no último dia 15 de maio.
A decisão do conjunto da categoria docente é resultado da posição dos/as professores/as presentes nas três assembleias setoriais realizadas pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) em três campi da universidade: Sertão, Arapiraca e A. C. Simões.
A assembleia iniciou em segunda chamada, às 9h30, com os informes repassados pelo presidente da Adufal, Jailton Lira.
O professor do Centro de Educação (Cedu) comunicou que a proposta do governo foi rejeitada pelos/as docentes dos Campi Sertão e Arapiraca e pontuou ainda outras deliberações resultantes das reuniões do interior.
“Também aprovamos nas assembleias anteriores a condição de que se houver aqui, em Maceió, a criação de pauta nova, que não estava prevista anteriormente, que o Campus Arapiraca e o Campus Sertão voltem a ser convocados por meio de assembleia para debater a pauta que não foi tratada lá”, informou Jailton Lira.
Na sequência, o primeiro-secretário da Adufal, Carlos Müller, iniciou o segundo ponto de pauta com uma breve apresentação sobre o processo de negociação e a última proposta de reajuste salarial feita pelo governo.
“Para essa apresentação, fizemos um trabalho complementar de calcular proporcionalmente como a proposta fica nas cargas horárias, de acordo com os níveis que existem na carreira hoje. E isso é para que a gente tenha a noção exata do significado dessa proposta feita pelo governo federal”, explicou o diretor da entidade.
Após as inscrições de fala, onde os/as professores/as puderam expor suas opiniões sobre o ponto de pauta, a Diretoria da Adufal colocou a proposta do governo federal em votação, sendo rejeitada pela maioria dos/as docentes.
Ainda durante a assembleia, foi construída uma proposta coletivamente, a ser apresentada ao Comando Nacional de Greve (CNG), e que consiste nas seguintes proposições:
• Aumento linear de 6% a 3,5 em 2024 e que a diferença para completar o percentual de 22,71% solicitado pelo Andes-SN seja distribuída em 2025 e 2026;
• Discussão de reajuste linear sem modificação da carreira docente;
• Manutenção da pauta de recomposição do orçamento das universidades conforme solicitado pela Andifes;
• Respeitar os pisos constitucionais das carreiras profissionais;
• Garantia da isonomia salarial para professores conforme os níveis de titulação.
A proposta foi posta em votação e aprovada por unanimidade pelos/as docentes presentes.
Além da rejeição à atual proposta do governo federal e da construção de uma nova proposta, os/as professores/as também fizeram os seguintes encaminhamentos:
• Aprovação de um abaixo-assinado “Só o Andes-SN e o Sinasefe têm carta sindical e nos representa” a ser encaminhado ao CNG.
• Os pontos de pauta que não conseguiram ser contemplados durante a assembleia serão apreciados e deliberados pelo Comando Local de Greve (CLG), a exemplo da construção da agenda de mobilização da próxima semana;
• Aprovação de uma nova rodada de assembleias para a primeira semana de junho.
Da Diretoria da Adufal, participaram da assembleia o presidente da entidade, Jailton Lira; a vice-presidenta, Irailde Correia; o primeiro-secretário, Carlos Müller; a diretora de Política Sindical, Sandra Lira; a tesoureira e o vice-tesoureiro, Rosangela Reis e Luciano Barbosa; a diretora de Política Cultural, Marta Moura; a diretora de Política Educacional e Científica, Terezinha Ataide; e as diretoras de Divulgação e Imprensa, Socorro Dantas e Lenilda Austrilino.
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