02/06/2022
Atualizada: 02/06/2022 19:03:36


A base da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) realizou uma assembleia geral online na tarde desta quinta-feira, 2 de junho, que teve como pauta o indicativo de greve nacional. Em votação, a maioria dos docentes decidiu pela não adesão à deflagração de greve.

Foram 150 votos pela adesão à greve, 178 votos contrários à deflagração de greve e apenas 7 votos de abstenção.

Após a votação, foram encaminhadas algumas propostas, todas acatadas pela Diretoria da Adufal, tais como: realizar uma nova assembleia no dia 20 de junho, seguindo os encaminhamentos do Andes – Sindicato Nacional; seguir a agenda de lutas contra os ataques à educação, realizando mobilizações locais nas datas propostas pelo Andes-SN; e apoiar totalmente as lutas do movimento estudantil nesse momento crítico.

Informes

No início da assembleia, que iniciou em segunda chamada, às 14h30, a vice-presidenta da Adufal, professora Sandra Lira, fez os informes da entidade. A professora falou sobre a piora no quadro nacional quanto à educação pública, mencionando a proposta de cobrança de mensalidade nas universidades públicas e o corte orçamentário de 3,2 bilhões do Ministério da Educação (MEC). 

“A gente entende que essa conjuntura só piorou da última semana para cá em termos de ataques à instituições federais. (...) O quadro de mobilização deve ser intensificado nos próximos dias e é preciso que a base docente participe ativamente das ações indicadas pela entidade”, disse Sandra Lira.

A vice-presidenta da Adufal também reforçou a importância da participação da comunidade acadêmica, em especial da base docente, na audiência pública que vai ocorrer às 9h desta sexta-feira (3), no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas, com a pauta "A crise das instituições federais e da ciência e tecnologia”.  

Quadro geral sobre a greve

As entidades da Educação Federal estão em luta, em conjunto com as demais categorias do funcionalismo federal, desde o início do ano, quando foi apresentada a pauta unificada dos SPF ao governo federal.

Desde então, foram várias semanas de mobilização e ações em Brasília e nos estados para pressionar o governo e também dialogar com a sociedade sobre as reivindicações dos servidores, que são: recomposição salarial de 19,99%, arquivamento da PEC 32 – a Reforma Administrativa – e a revogação da Emenda Constitucional 95.

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) sinalizou o primeiro indicativo de greve para 23 de março. A partir dessa data, algumas categorias iniciaram a paralisação, como as e os servidores do INSS e do Tesouro Nacional. Depois, o Sinasefe deu início à deflagração de greve nos Institutos Federais no dia 16 de maio.

Algumas Associações dos Docentes (ADs) também já definiram posição quanto ao indicativo de greve a partir de 23 de maio. Confira a situação nas ADs, conforme última atualização do Sindicato Nacional, no quadro abaixo e na matéria clicando aqui. 

Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

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